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Ato I - Semente
23/09/2021 07:34 em Colunas

 

 Por Samuel Oliva , Chef . Filosofo. Educador social. Pai

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 Site: https://samuelolivagastronomia.webnode.com/

 

 

 

 

O plantio dos tubérculos inicia-se com as sementes e escolhas – muitas vezes isso não acontece – dos lugares onde serão semeadas. As batatas, por exemplo, levam tempo necessário para sua colheita e nesse processo existem dificuldades como superar obstáculos, adaptar-se ao terreno e muitas vezes por tempos se algum nutriente, que possa a vir faltar por algum determinado tempo, como água. A beleza está nesse processo entre ato e potência, donde a semente virá a ser o que é, e isso se dará por caminhos nem sempre escolhidos e ou determinados. Quando da colheita, o poder ver e sentir a beleza da vida e que possivelmente através da alquimia gastronômica se transformará em alimento, seja física ou metafísica.  Assim o é com o semear humano, possivelmente através do coito, onde quando fecundo, também existe um ato e potência a desabrochar. As dificuldades, as alegrias, as tristezas estão interligadas nesse processo, tal qual os tubérculos. Aqui no sentido de vir a ser, ou seja, aquilo que está destinado e suas intempéries mundanas. Nisso passaram-se dezesseis anos do semear e que continua semeando – vindo a ser – e que a colheita se faz no decorrer do processo. Com cuidados, com atenções, mesmo nas dificuldades, com dedicação, um caminhar junto e transformador. Que num desacelerar repentino, o mar de sentimentos aflora e transborda, fortalecendo ainda mais o processo caminhante. Desde os antepassados, de geração a geração, tal qual as sementes crioulas. Ela transformou, ela transforma e continuara transformando. Viva Dandara! Viva Véia Capita! Viva Betinha! Viva Zuleica! Viva Joce! Viva minha filha amada imortal Sâmi! “Te amo mil milhões”!(sic) Saravá!!!



P.s.: batata inglesa cortada em quatro, salpicada com sal, pimenta e páprica defumada, levada ao forno 200 graus até dourar, fica divino.

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